21 de ago. de 2011

Bomba Relógio




Bomba Relógio.
Porque tudo tem que ser assim? Porque eu tenho que existir?
Cabeça funcionando a mil por segundo, não consigo raciocinar, não consigo parar de pensar em zilhões de coisas que posso e quero fazer, mais ao mesmo tempo pensando nas conseqüências, talvez, desastrosas ou satisfatórias.
Não tenho noção de como agir, só mesmo escrevendo pra talvez me sentir melhor, ouvindo sempre um rock no pé do ouvido, para aliviar minhas sessões de raiva e talvez de desapego.
Desapego no qual, quase fiz uma grande besteira, ou talvez não seria uma besteira, as vezes seria até melhor.
Sentimento de culpa, raiva, dor, medo, ódio, e desafeto, todos juntos em um mesmo coração; acho que é demais para eu suportar.
Não vou agüentar por muito tempo essa angustia que me consumirá cada dia mais e mais.
Estou chorando,
Não param de rolar lagrimas em meu rosto, penso em tudo que passei,
Penso em tudo que podia ter acontecido,
Penso em tudo aquilo que iria acontecer, tudo aquilo que não vai acontecer
Tudo aquilo que não passei...
Todo sentimento acumulado, não consigo soltar isso de forma alguma,
Acaba se tornando uma bomba relógio,
Que acarretará um dia explodir, e quando explodir não sei se vou conseguir permanecer em pé.
Não sei se sou forte o suficiente para suportar essa dor que está se fortalecendo dentro do meu peito a cada minuto.
Ponho-me a chorar novamente,
Estou me vendo afundado em lágrimas, mais porque lágrimas?
Talvez por um sentimento que jamais era pra ter acontecido,
Talvez pela chata situação,
Ou quem sabe, por tudo que vou deixar de aproveitar com você,
Tudo isso porque sou uma bomba relógio?
Será que chegou a hora certa de explodir?
Tenho pra mim, que explodiu antes do tempo, antes de tudo acabar, e ouvir-se o “CABUM” final.
Estou mal,
Sinto-me mal,
Sinto-me literalmente explodido,
Finalizado como uma bomba recém explodida,
Parece que ainda posso sentir o cheiro da pólvora,
Mais apesar de tudo, a pólvora me fazia bem,
Sentia-me bem com a pólvora rolando ainda,
Cheiro de pólvora que me consome, cheiro no qual acaba comigo,
Cheiro no qual não posso mais conviver,
A pólvora me faz mal?
Não consigo ver, pelo fato de fazer tão bem,
Estou despedaçado, morto e sem vontade de continuar.
Porém, explodiu, uma hora iria acontecer,
Só que eu não queria que explodisse assim tão rápido,
Nem queria que tudo acabasse em segundos.
Mais apesar dos apesares, explodiu, e eu não conseguirei viver sem meu cheiro de pólvora.